sábado, abril 13, 2024

REFLEXÃO PARA O 3º DOMINGO DE PÁSCOA – LUCAS 24,35-48 (ANO B)


O evangelho deste terceiro domingo do tempo pascal é tirado da Evangelho de Lucas, interrompendo uma série de leituras do Evangelho de João, que será retomada no próximo domingo. O trecho lido hoje é precisamente Lc 24,35-48. Trata-se da sequência imediata do conhecido episódio dos “Discípulos de Emaús” (Lc 24,13-35). Esse dado já é suficiente para nos situar no contexto do evangelho. Ora, cronologicamente, esse texto situa-se ainda naquele “primeiro dia da semana”, ou seja, o dia mesmo da ressurreição. Conforme o relato evangélico, aquele fora um dia tenso para a comunidade, marcada por dúvidas, medos e desilusões, mas também por novas descobertas, com alegria, esperança e renovação da fé. Para perceber isso, basta olhar o texto em seu conjunto, compreendendo o inteiro capítulo 24. Ora, a série de acontecimentos dos quais o evangelho de hoje faz parte começa ainda com a visita das mulheres ao túmulo, logo de madrugada (Lc 24,1), depois a ida também de Pedro ao túmulo, passando pela caminhada triste e desiludida dos dois discípulos para Emaús, até a manifestação de Jesus Ressuscitado à comunidade reunida em Jerusalém, já à noite. Essa visão de conjunto é essencial para compreender o texto lido neste dia. São muitos acontecimentos para um único dia, dos quais o evangelho de hoje é ápice.

Antes de comentar diretamente o texto, convém recordar que a preocupação do evangelista – falamos de Lucas, mas vale para todos – não é propriamente descrever eventos, mas, através da sua narrativa, responder às perguntas das comunidades destinatárias primeiras. E a principal pergunta respondida pelo trecho lido hoje pode ser reconstruída da seguinte maneira: «tendo Jesus de Nazaré ressuscitado mesmo, onde e como encontrar-se com ele?»  Ora, a síntese e essência da pregação cristã primitiva consistia no anúncio de Jesus de Nazaré como aquele que passou a vida fazendo o bem, morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia (At 10,36-40). Obviamente, muita gente questionava esse anúncio, pedindo evidências e provas para dar credibilidade e, assim, aderir com mais convicção. Muitos queriam conhecê-lo e encontrar-se com ele, e o relato evangélico de oferece as pistas. À medida em que se passavam os anos após a ressurreição, esses questionamentos aumentavam, principalmente depois que morreu a primeira geração de discípulos e discípulas. Por isso, os evangelhos que apresentam os relatos de manifestações do Ressuscitado de maneira mais elaborada são os dois escritos por último, Lucas e João, respectivamente. E as respostas dadas aos questionamentos de outrora são válidas para todos os tempos. Lucas, de um modo particular, é quem responde com mais precisão: o Ressuscitado pode ser encontrado em qualquer situação, em qualquer espaço e em qualquer época: ele está na estrada, caminhando com os peregrinos desiludidos (Lc 24,13-35), está na mesa durante as refeições, quando o alimento é partilhado, está no meio da comunidade reunida e nas pessoas necessitadas, principalmente as famintas e feridas, com chagas expostas para serem cuidadas. Porém, para reconhecê-lo, é necessário compreender as Escrituras e ter abertos os olhos, a mente e o coração.

Feitas as devidas considerações contextuais, olhemos então para o texto, partindo do início: «os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão» (v. 35). Os dois discípulos referidos pelo evangelista, obviamente, são aqueles dois de Emaús que retornaram a Jerusalém assim que reconheceram o Ressuscitado na partilha do pão, após uma longa caminhada marcada pela tristeza e desilusão. Após o reconheceram, se levantaram e voltaram imediatamente para Jerusalém e contaram tudo o que tinham acabado de experimentar aos Onze e aos que estavam com eles (Lc 24,33), que certamente eram em grande número, uma vez que em Lucas o discipulado de Jesus é mais amplo do que nos outros evangelhos, inclusive com mais participação das mulheres. O fato de estarem reunidos demonstra esperança na comunidade, apesar das tantas desilusões experimentadas até aquele momento. Ao recordar que o Ressuscitado foi reconhecido ao partir o pão, o evangelista ensina que ele está no cotidiano das pessoas, é alguém de casa, faz parte da família, é uma pessoa acessível. Assim, ele prepara as gerações futuras de discípulos e discípulas: as visões se perdem com o tempo; os cristãos futuros não devem esperar manifestações extraordinárias; se quiserem reconhecer o Ressuscitado, devem partilhar o pão em comunidade, não como mera perpetuação de um rito, mas como doação de si e do que se tem. Só é possível encontro autêntico com o Ressuscitado onde há partilha e solidariedade.

Eis que os dois que tinham retornado de Emaús «ainda estavam falando quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”» (v. 36). Quer dizer, foram interrompidos pelo próprio Jesus, em sinal de aprovação. Ora, falar de Jesus já é um modo de torná-lo presente na comunidade; partilhar a experiência feita com ele, portanto, é atualizar e expandir a sua presença. Ele se manifestou aos demais quando os dois contavam o que tinham vivido com ele. Logo, a comunidade reunida, mesmo insegura, se torna o lugar privilegiado de encontro com o Ressuscitado, sobretudo quando é dele que se fala. Ao se falar dele e da experiência feita com ele, recorda-se também a sua mensagem, o seu estilo de vida, e é disso que a comunidade mais necessita. E no interior da comunidade, o lugar dele é o centro, por isso, ele apareceu “no meio” deles. Com essa informação, o evangelista está fazendo uma advertência: a comunidade cristã não pode ter outro ponto de referência senão o Ressuscitado; só ele pode ser o centro. É claro que a presença dele compreende todo o seu ser e o seu projeto de libertação; tê-lo no centro, portanto, significa aderir a esse projeto e empenhar-se pela sua plena realização, o que corresponde à construção do Reino de Deus.

Tendo o Ressuscitado presente em seu meio, a comunidade passa a gozar dos seus dons, do quais o primeiro é a paz. O Ressuscitado diz «paz esteja convosco», e não se trata de uma simples saudação ou um tranquilizante, mas de uma força reconciliadora e revigorante. A tradicional saudação hebraica “shalom”, cujo significado é paz, aponta para um bem almejado, mas ainda não realizado, enquanto a saudação do Ressuscitado comporta um dom já realizado. A paz era almejada como um bem messiânico futuro, pelos judeus. Para tanto, esperava-se um messias glorioso, cheio de poderes militares, que vencesse os inimigos, dando tranquilidade ao povo, o que seria apenas o outro lado da moeda da “pax romana”. De fato, a paz veio por meio do Messias, mas um messias sofredor, crucificado. Por isso, também a paz que ele oferta é diferente. Trata-se de uma paz inquieta, que não tranquiliza, mas vence o medo e fortalece a busca pela realização plena do Reino de Deus. Por isso, era tão necessária, pois apesar das evidências da presença do Ressuscitado, o medo continuava entre os discípulos, e isso os impedia de reconhecê-lo, como denuncia o evangelista: «Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma» v. 37). O medo, além de acuar a comunidade em seus fechamentos, faz distorcer a imagem do Ressuscitado no meio da comunidade. De fantasma a juiz vingativo, o Ressuscitado pode ser confundido quando a comunidade não absorve a sua paz e nem compreende as Escrituras. Na verdade, o evangelista não emprega a palavra fantasma propriamente, e sim o termo espírito (em grego: πνεῦμα – pneuma).

É claro que Jesus compreendia as razões do medo, das dúvidas e preocupações da comunidade reunida. Mas, para fazê-la superar, ele a questiona: «Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração?» (v. 38). Com isso, o evangelista ensina que só reconhece o Cristo Ressuscitado quem aceitar Jesus de Nazaré, aquele que morreu na cruz. Daí, a demonstração: «Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede!» (v. 39a). Ora, se o anúncio da ressurreição encontrava dificuldade de aceitação, muito mais tratando-se de um crucificado. Ora, havia uma crença entre os judeus que, em caso de morte natural, até o terceiro dia, o espírito do morto rondava pelos arredores do túmulo, o que alimentava certa esperança de que a pessoa poderia voltar a viver. Mas isso não era crença na ressurreição, e sim uma intuição que a pessoa poderia não ter morrido totalmente. Mas no caso de morte na cruz, essa possibilidade era totalmente descartada. Por isso, o evangelista insiste em recordar as marcas da paixão – os sinais da cruz – para acentuar a certeza de que Jesus ressuscitou mesmo, ou seja, sua ressurreição não poderia ser invenção. O Ressuscitado é uma pessoa real com quem a comunidade deve relacionar-se, e a constatação da sua corporeidade reforça isso. Além das marcas da paixão, mãos e pés são sinais também da sua identidade e da sua missão: mãos que serviram, que curaram feridas, pés que percorreram tantos caminhos levando amor, justiça e perdão. Para a obra de Lucas, particularmente, os pés possuem um significado muito especial. Ora, Lucas é o evangelista do caminho e sua obra toda aponta para a missão – Evangelho e Atos dos Apóstolos. Na cena paralela a essa no Evangelho de João, Jesus mostra as mãos e o lado (20,20.27). Em Lucas substitui-se o lado pelos pés porque os pés são altamente significativos para a sua teologia da missão.

O convite que Jesus faz para os discípulos tocar-lhe é totalmente comprometedor. Não foi feito apenas a testemunhas privilegiadas do passado; é feito aos cristãos e cristãs de todos os tempos: não existe fé verdadeira no Ressuscitado sem experiência, sem relação, sem toque. Hoje, tocamos o Ressuscitado quando tocamos nas feridas dos pobres, dos doentes, das pessoas necessitadas em geral. O seguimento de Jesus exige que se toque em feridas, em todos os tempos. Tocar as feridas das pessoas necessitadas, sanando suas dores, é fazer experiência com o Ressuscitado. Isso faz da ressurreição uma realidade contínua, ao invés de um simples evento do passado, pois o Ressuscitado é um ser eternamente vivente. É uma pessoa viva, não um fantasma ou um espírito, como ele mesmo diz, continuando sua demonstração de estar vivo no meio da comunidade: «Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho» (v. 39b). No texto original, aparece literalmente a expressão “carne e osso”, com as palavras assim juntas (em grego: σάρκα καὶ ὀστέα – sárka kaí ostéa). É uma expressão única em toda a Bíblia, para descrever a concretude de uma pessoa viva; possui valor enfático, suficiente para refutar qualquer tendência de negação da corporeidade da ressurreição de Jesus. É a oposição total a um fantasma, embora o texto grego não apresente a palavra fantasma propriamente, e sim o termo espírito, como recordamos anteriormente (v. 37).

Na sequência, o evangelista alerta que, assim como o medo, também a euforia pode paralisar e bloquear a comunidade, impedindo-a de fazer o autêntico encontro com o Ressuscitado: «Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos» (v. 41a). Ora, a alegria é uma das características da pessoa que tem fé, especialmente no evangelho de Lucas. Por isso, deve ser um traço distintivo da própria comunidade cristã. O anúncio do anjo a Maria, por exemplo, foi introduzido pelo convite à alegria (Lc 1,28), bem como a notícia dada aos pobres pastores sobre o nascimento de Jesus foi anunciada como uma “grande alegria” (Lc 2,10). Porém, a euforia desmedida pode ser prejudicial, porque pode tornar invisíveis os problemas, as dores e as feridas presentes no dia-a-dia da comunidade. É preciso, portanto, buscar um equilíbrio de modo que o Ressuscitado não passe despercebido com sua identidade, ou seja, com suas feridas de crucificado. Logo, as reações muito eufóricas, entusiastas e intimistas devem ser vistas com precaução, pois podem dificultar o reconhecimento das reais necessidades da comunidade. Diante disso, o próprio Ressuscitado dá mais um passo para ser encontrado e reconhecido como vivente: «Então Jesus disse: “Tendes alguma coisa para comer?”» (v. 41b). Além de evidenciar ainda mais a sua identidade de pessoa viva, comendo ele reforça a comunhão com os discípulos. A refeição compartilhada é o sinal mais concreto de comunhão. Por isso, essa pergunta-pedido enfatiza também a abertura à convivialidade de Jesus ressuscitado com a comunidade dos seus seguidores e seguidoras. Ele quer estreitar cada vez mais os laços de comunhão.

Em resposta ao pedido de Jesus, os discípulos «deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles» (vv. 42-43). Além de ajudar a superar as dúvidas nos discípulos, a comida partilhada é sinal de fraternidade e comunhão. Ora, comer, é, indiscutivelmente, uma das demonstrações mais consistentes de alguém estar vivo. Se a comunidade reunida tinha alimento disponível naquele momento, quer dizer que ela já tinha compreendido que a partilha, a comunhão e comensalidade eram elementos vitais da sua existência. E o Ressuscitado come o que lhe dão, e se solidariza com todos os famintos e necessitados de pão, em todos os momentos da história; esse é mais um dos significados oferecidos pelo evangelista, além da intenção de evidenciar que o Ressuscitado é uma pessoa viva e concreta. Com isso, ele ajuda os discípulos a superar as dúvidas sobre a ressurreição, e ainda gera a solidariedade da comunidade para com as pessoas necessitadas. É interessante recordar que foi o Ressuscitado mesmo quem pediu algo para comer (v. 41); daí, os discípulos e discípulas em todos os tempos devem concluir que nas pessoas famintas e necessitadas está presente o Ressuscitado. Muito se tem discutido entre os exegetas a respeito do sentido do peixe neste episódio. Como era um alimento comum na época, provavelmente o evangelista o recordou para diferenciar do pão. Quando se fala de pão, geralmente tende-se a espiritualizá-lo. O peixe, embora posteriormente tenha se tornado também um símbolo eucarístico, não dá tanta margem para um discurso espiritualista, aponta sempre para um alimento concreto, recordando a necessidade da partilha concreta na vida da comunidade.

No encontro com o Ressuscitado não podem faltar refeição e catequese, partilha do pão e da palavra; esses elementos são imprescindíveis na comunidade cristã. Por isso, são os componentes básicos da celebração eucarística que, no entanto, deve ultrapassar os limites do rito e tornar-se vida, prática constante na comunidade. Nesse episódio, há uma inversão na ordem: enquanto na cena dos “Discípulos de Emaús” a catequese precedeu à partilha do pão, aqui acontece o contrário, ou seja, a catequese vem depois da refeição. Assim, podemos concluir que o evangelista não preconiza um rito, mas ensina à comunidade quais são os seus elementos essenciais: a partilha do pão e da Palavra. Por isso, tendo já comido, Jesus começou o ensinamento: «São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos» (v. 44). A interpretação e compreensão adequadas das Escrituras são essenciais para a vida da comunidade. Essa é uma das principais preocupações de Lucas, ao longo de sua dupla obra – Evangelho e Atos dos Apóstolos. Jesus é o intérprete e princípio interpretativo de toda a Escritura, ou seja, da Bíblia inteira. E interpretação autêntica se dá num contexto de partilha, como ao redor da mesa de refeição.

A Lucas, diferente de Mateus, por exemplo, não interessa colher citações avulsas, mas a Escritura em seu conjunto: «Lei, Profetas e Salmos» (v. 44); tudo isso aponta para Jesus e deve ser lido à luz da sua vida, morte e ressurreição. Inclusive, nessa citação única no Novo Testamento, Lucas rompe o tradicional binômio “Lei e Profetas”, como compêndio do Antigo Testamento, e inclui também os Salmos, como síntese de todos os demais escritos que não fazem parte do Pentateuco nem dos livros proféticos. É uma das grandes novidades deste episódio que, certamente, reflete a consolidação do uso litúrgico do Antigo Testamento nas comunidades lucanas do final do primeiro século. Desde o princípio, a Palavra de Deus revelada nas Escrituras aponta para o triunfo da vida e a derrocada de todos os projetos de morte. A ressurreição de Jesus é o ponto culminante dessa trajetória. Sem a Palavra, a comunidade perde o rumo da história. Dos Discípulos de Emaús o evangelista diz que se abriram os olhos (24,31); dos Onze e demais reunidos com eles, diz que «Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras» (v. 45). Essa é também uma exigência para as comunidades de todos os tempos: as Escrituras, se bem compreendidas, abre mentes, olhos e horizontes, fazem parte do processo de conversão contínuo pelo qual deve passar toda comunidade cristã. Por outro lado, sem abertura de mente, pode tornar-se também instrumento de morte.

Um dos temas mais caros a Lucas, a universalidade da salvação, é evidenciado pelo próprio Ressuscitado: «no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém» (v. 46). Não apenas Israel, mas todos os povos são destinatários da paz e do amor do Ressuscitado. A reconciliação da humanidade com Deus é acessível a todas as pessoas, de todos os lugares e em todos os tempos; ninguém pode ser excluído dessa oferta de amor. Essa dinâmica começa por Jerusalém, a sede do poder religioso e, por isso, a primeira necessitada de conversão; a cidade que mata profetas (Lc 13,34). No Antigo Testamento, a universalidade da salvação previa um movimento contrário: eram as nações quem seriam atraídas a Jerusalém (Is 60; Zc 8,22); Jesus inverte essa ordem. Surge, portanto, um novo tempo, uma nova etapa na história que começa por Jerusalém, mas não por privilégio, e sim por necessidade. Quanta reviravolta na história: a terra dos considerados justos é a mais necessitada de perdão! Foi Jerusalém com suas forças de poder que matou Jesus; o mal estava radicado lá e amparado pela religião e o império. São as pessoas religiosas as primeiras necessitadas de conversão.

Dos discípulos e da comunidade cristã de todos os tempos, Jesus pede apenas uma coisa: «Vós sereis testemunhas de tudo isso» (v. 48). Em Lucas, Jesus não confere uma doutrina nem uma regra; não envia os discípulos como pregadores e batizadores, como em Mateus, mas como testemunhas, o que é muito mais comprometedor e exigente. Ser testemunha implica a coragem de dar a vida. Somos, portanto, hoje e sempre, interpelados pelo evangelista Lucas a fazer um esforço constante para reconhecer o Ressuscitado em nosso meio, com disponibilidade para a partilha, e mente aberta para o conhecimento das Escrituras. 

Pe. Francisco Cornelio F. Rodrigues – Diocese de Mossoró-RN

 

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