Infelizmente os nossos noticiários convencionais de grande porte não costumam divulgar boas noticias! Gestos de caridade que deveriam ser destacados como modelo e exemplo, passam despercebidos pelos meios de comunicação de massa.
E, nesse sentido, partilho com os poucos leitores desse blog, um fato exemplar de digno de reconhecimento, do arcebispo de Milão-Itália, o Cardeal Tettamanzi. Diante da crise profunda vivida pela Europa na atualidade, muitas pessoas perderam emprego, e conseqüentemente, caiu a renda para o digno sustento de suas famílias. A Igreja Católica, instituição historicamente marcada pelo exercício da caridade, não ficou alheia a esta situação de crise, e entrou em ação através de seus organismos sociais, no sentido de ajudar às famílias prejudicadas pela tal crise. Destaca-se nesse sentido, o trabalho da CARITAS, órgão presente em todas as dioceses.
A cáritas procura angariar recursos e justamente distribuí-los diante das situações de necessidade. E, na Arquidiocese de Milão, a caritas recebeu uma ajuda extraordinária! O próprio arcebispo, Cardeal Dionigi Tettamanzi, está vendendo seus próprios bens pessoais e doando a renda ao fundo da Cáritas, dando assim um testemunho profundo de pratica da caridade e de renuncia aos bens materiais. Dentre os bens doados, destaca-se sobretudo sua coleção de obras de arte. Com certeza será uma grande ajuda para o “Fundo Família e Trabalho”, órgão da cáritas de Milão, e criado pelo próprio Cardeal Tettamanzi em 2008, quando começou a atual crise.
Será uma ajuda bastante significativa, pois na coleção do cardeal se encontram obras de grande valor, muitas raras, adquiridas ao longo dos anos pelo Cardeal Tettamanzi. Os valores das peças variam de 50 euros até 5000 euros. Pena que gestos como esse ocupam pouco espaço nos grandes meios de comunicação. Um exemplo a ser admirado por todos.
Pra conclui, uma frase do próprio Cardeal Tettamanzi: “A verdadeira solidariedade não é apenas uma concessão a quem está necessitando, mas sim a realização mais plena e umanizante da justiça”.
Aparecida segue no diálogo ecumênico as linhas mestras do Vaticano II e assume o magistério latino-americano das Conferências anteriores, que tem no pobre sua OPÇÃO PREFERENCIAL, porém não excludente, nem exclusiva, pois Cristo acolheu a todos [cf. 231].
ResponderExcluir"Do contrário, enquanto estivermos com esta Praxis exclusivista e excludente de querer trabalhar somente com o Pobre de maneira exclusiva,por ser mais fácil e instrumentalizadora, deixando a classe média e as elites sem pastoreio (Don Euder Câmara falava da necessidade de se criar uma pastoral das elites, ou pastoral dos ricos), eles estarão debandando por falta de pastoreio da Igreja Católica, e sendo acolhidos pelas seitas que os vêm não como inimigos, mas aliados na construção de uma nova sociedade, onde um trabalhe em favor do outro, suprindo suas necessidades, partilhando dons e talentos sem ideologias, mas movidos unicamente pelo amor. Precisamos entender que não precisamos ideologizar as elites ou idiotiza-los em favor da causa do pobre, mas na caridade Cristã tê-los como aliados.
Não podemos pensar apenas no conceito de Luta de Classes, isto não resolve a questão da desigualdade, mas tão somente torna cada vez mais complexa a frágil questão da busca conjunta por uma sociedade fraterna, justa e solidária. Precisamos partir do exemplo de Cristo e da Tradição milenar confirmada da Igreja neste campo. Não ha necessidade de se reiventar a roda. "