sábado, fevereiro 24, 2024

REFLEXÃO PARA O 2º DOMINGO DA QUARESMA – MARCOS 9,2-10 (ANO B)

 


Todos os anos, a liturgia do segundo domingo da Quaresma utiliza um dos relatos do episódio chamado, tradicionalmente, de “Transfiguração do Senhor”. Esse é um episódio narrado pelos três evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), o que possibilita à liturgia oferecer um texto para cada ano, conforme o ciclo litúrgico (A, B e C), sem necessariamente repetir, uma vez que, mesmo se tratando do mesmo episódio, cada evangelista o narra à sua maneira, conforme as suas intenções teológicas, suas habilidades literárias e, sobretudo, respondendo às necessidades de suas respectivas comunidades. Isso faz com que os três relatos apresentem diferenças entre si, apesar de serem muito parecidos. Por ocasião do ciclo litúrgico B, o texto proposto para este ano é o relato de Marcos: 17,1-9. Por se tratar do Evangelho mais antigo, os textos de Marcos são sempre muito originais, e a passagem lida na liturgia deste domingo demonstra isso. É um texto muito rico em teologia e simbologia, o que torna indispensável uma breve contextualização, para uma compreensão mais adequada, a começar pela definição do gênero literário da teofania, ao qual pertence o texto. Etimologicamente, teofania significa manifestação divina; é uma palavra de origem grega, formada da junção do substantivo “Theós” (Deus) com o verbo “faino” (aparecer, manifestar). Enquanto gênero literário, teofania designa o tipo de relato que descreve uma manifestação solene de Deus. Geralmente, são relatos carregados de elementos simbólicos, o que se vê no episódio da transfiguração, como a brancura, a voz celestial. Embora as teofanias sejam mais frequentes no Antigo Testamento, o Novo Testamento contém algumas, como o batismo de Jesus, a transfiguração, as aparições pascais e o relato de Pentecostes.

A nível de contexto narrativo, é importante recordar o lugar do texto na estrutura do Evangelho. Está localizado no início da segunda parte da obra, considerando a divisão tradicional do Evangelho em duas partes – I) Mc 1,1–8,30; II) Mc 8,31–16,8. Esse episódio é a sequência imediata dos acontecimentos da região de Cesareia de Filipe, que compreendem a confissão de Pedro (Mc 8,27-30); o primeiro anúncio da paixão (Mc 8,31-32); a repreensão de Jesus a Pedro (Mc 8,33), e a declaração das exigências para o discipulado (Mc 9,34-38). Se trata de uma sequência narrativa reveladora da messianidade e do destino de Jesus, cujo ápice é exatamente o episódio da transfiguração. O primeiro anúncio da paixão deixou os discípulos profundamente assustados, pois a concepção de messias que eles tinham em mente não era compatível com o sofrimento e a cruz anunciados por Jesus. Criou-se uma verdadeira crise no grupo, tanto nas convicções do seguimento quanto na relação pessoal deles com Jesus e vice-versa. Jesus chegou a chamar Pedro de satanás (Mt 8,33), devido à resistência em aceitar um messias tão diferente como ele estava se revelando. Ora, esperava-se um messias glorioso, valente e guerreiro, conforme as expectativas da época, fruto da ideologia nacionalista davídica, enquanto Jesus anunciou a doação da vida, comportando sofrimento e cruz, se necessário, para alcançar a glória e a vida plena. Inclusive, impôs a disposição para carregar a cruz e doar a própria vida como condição para fazer parte do seu discipulado. A transfiguração é, portanto, a resposta de Jesus à incompreensão dos discípulos acerca da sua identidade, e uma demonstração de que cruz e glória fazem parte de um mesmo caminho: o destino do ser humano é a glória, quer dizer, a realização plena, mas essa passa pelo sofrimento, cuja expressão máxima é a cruz. Trata-se, portanto, de um texto catequético e teológico, e não de uma crônica. Inclusive, um número considerável de estudiosos defende que o episódio da transfiguração foi construído a partir de um relato de aparição do Ressuscitado, que Marcos adaptou às necessidades catequéticas da sua comunidade, sendo posteriormente seguido pelos outros sinóticos (Mt; Lc).

Feita a contextualização, comecemos, então, a olhar para o texto, partindo do primeiro versículo: «Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha» (v. 2). Aqui, a versão litúrgica do texto nos privou de uma expressão muito importante: o indicativo cronológico “Seis dias depois”, presente no texto original, substituído na tradução do lecionário pela genérica expressão “Naquele tempo”. O indicativo “seis dias depois” garante a relação do episódio da transfiguração com os últimos acontecimentos narrados, começando pela confissão de Pedro, conforme recordamos acima na contextualização. Perceber essa relação é essencial para a compreensão do texto. Ora, Pedro professou sua fé em Jesus como Messias, mas ao mesmo tempo não aceitou o caminho doloroso da cruz, fazendo Jesus repreendê-lo duramente, chamando-o até de satanás, por tornar-se um empecilho à realização do projeto de Deus. A transfiguração, portanto, é resposta a tudo isso. Por isso, “seis dias depois” de ter anunciado a sua morte, Jesus mostra aos discípulos a vida em plenitude, manifestando-se em sua máxima humanização. Como se sabe, as indicações temporais na Bíblia possuem mais valor simbólico do que cronológico. O sexto dia foi o dia da criação do homem e da mulher (Gn 1,26-31), na criação originária, e é nesse dia que Jesus manifesta o ser humano em sua máxima dignidade e realização. Logo, ele é o modelo de humanidade.

Diz o texto que Jesus tomou consigo três discípulos: Pedro, Tiago e João. Se por um lado a escolha desses três discípulos significa um certo privilégio, por outro indica mais uma necessidade. Certamente, eles não eram os melhores nem os piores, mas possuíam certas características que os tornavam mais difíceis de lidar, demonstrando mais dificuldades de assimilar os ensinamentos de Jesus enquanto Messias sofredor. Pedro é sinônimo de dureza e fechamento; é o discípulo que Jesus mais repreende durante todo o seu itinerário. Como ele sempre se antecipa, sendo o primeiro a responder às perguntas de Jesus, é aquele que mais se expõe e, por isso, é o primeiro a ser corrigido. João e Tiago, conhecidos como “filhos do trovão” (Mc 3,17), eram os mais fanáticos, ambiciosos (Mc 10,35-45; Mt 20,20-28), de temperamento difícil, eram também os mais intolerantes. Pouco tempo após este episódio da transfiguração, Jesus repreenderá João por proibir a um homem que não fazia parte do grupo de pregar e expulsar demônios em seu nome (Mc 9,38-39). Os dois, João e Tiago, também foram repreendidos quando quiseram tocar fogo nos samaritanos que os rejeitaram (Lc 9,51-55). Portanto, Jesus os chama para estarem mais perto de si pela necessidade de cada um e por não desistir do ser humano, apesar das fraquezas e debilidades. Eles necessitavam estar mais próximos a Jesus e aprender mais com ele, como de fato estarão. Há outros momentos em que Jesus prefere estar só com eles três, como no episódio da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37) e na oração e agonia no Getsêmani (Mc 14,37). Isso significa que eles mudaram com o tempo, não se tornando perfeitos, mas aprendendo a cada dia com Jesus, à medida em que conviviam com ele e ouviam seus ensinamentos.

O indicativo espacial também é de grande importância: «e os levou sozinhos, a um lugar à parte, sobre uma alta montanha» (v. 2b). Na tradição hebraica, a montanha é, por excelência, o lugar do encontro do ser humano com Deus. Tanto em Israel quanto nas culturas circunvizinhas, imaginava-se que para comunicar-se com a divindade, o ser humano precisava escalar um monte. Assim, a montanha funcionava como um espaço intermediário e necessário: o ser humano era incapaz de subir aos céus, e Deus grande demais para descer até a terra; daí a necessidade de um lugar intermediário para os dois se comunicarem. Por isso, a montanha tornou-se o lugar da revelação no Antigo Testamento (Ex 19,16; 24,15). Embora a tradição tenha identificado essa montanha com o monte Tabor, esse dado não possui fundamento nos evangelhos. Essa denominação começou com Cirilo de Jerusalém, no séc. IV, e foi consolidada por São Jerônimo, mas hoje é considerada sem fundamento. É preferível mantê-la anônima, como fizeram os evangelistas, porque não se trata de um dado geográfico, mas teológico. Toda ocasião de encontro e intimidade com Deus é uma subida à montanha.

No alto da montanha, Jesus «transfigurou-se diante deles» (v. 2c), quer dizer que passou por uma transformação no seu aspecto, uma metamorfose. A sua figura mudou. É esse o significado exato do verbo empregado pelo evangelista (μεταμορφόομαι – metamorfóomai). Diante da incredulidade e resistência dos discípulos em aceitar a morte, Jesus antecipa para eles o resultado da paixão: a manifestação gloriosa do Filho do Homem e, portanto, de Deus nele. Não apenas o rosto brilhou, mas todo o seu ser, inclusive suas vestes: «Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas, como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar» (v. 3). As mesmas imagens e cores da glória de Deus ao longo da história são reveladas em Jesus; o brilho é também sinal do que é novo: à medida em que o Reino de Deus vai sendo implantado, o universo todo se renova. Somente Marcos faz referência ao fato de nenhuma lavadeira ser capaz de deixar uma roupa tão branca como ficaram as vestes de Jesus. Duas intenções estão por trás desse detalhe: apresentar uma atividade do lar, reforçando a ideia e a importância da comunidade como casa, o espaço embrionário do Reino, e mostrar que a vida em plenitude (condição gloriosa) almejada pelo ser humano não pode ser conquistada por esforço próprio, mas somente por graça de Deus, ou seja, tem coisas que só Deus pode fazer. As vestes brancas são sinais da identidade divina e da pertença ao mundo de Deus e dos ressuscitados.

Os personagens do Antigo Testamento mais venerados na tradição judaica entram em cena: «Apareceram-lhe Elias e Moisés e estavam conversando com Jesus» (v. 4). Estes personagens representam a Lei e os Profetas, obviamente, mas também a própria identidade de Israel. Eles lembram o conjunto da esperança e das promessas acumuladas ao longo do tempo, enquanto Jesus é o cumprimento, a verdadeira realização, embora por caminhos e meios diferentes daqueles percorridos por Moisés e Elias. Temos, com isso, mais uma iniciativa de Deus para conscientizar os discípulos de que o ensinamento de Jesus está em consonância com tudo o que a Lei e os Profetas tinham afirmado a respeito do Messias. Embora o programa de Jesus seja repleto de novidades, não contradiz as Escrituras; é o seu pleno cumprimento. Os discípulos contemplam, mas somente Jesus conversa com Moisés e Elias. Inclusive, Marcos não diz nada sobre o conteúdo ou o tema do colóquio dos três. Apenas diz que eles conversavam. Os discípulos não participam sequer como ouvintes, apenas vêem. Esse é mais um dado de grande importância revelado pelo texto. Ora, a comunidade cristã, representada no episódio pelos três discípulos, não depende mais do Antigo Testamento; em Jesus, a Lei e os profetas encerram-se, chegam ao fim, enquanto cumprimento e plenitude. Jesus é o critério de interpretação da Escritura: o Antigo Testamento só tem sentido se passar por Ele. Por isso, Moisés e Elias nada tem a dizer para a comunidade cristã senão através de Jesus. Moisés e Elias entregam a Jesus a revelação parcial que tinha recebido, como é próprio da antiga aliança, e Jesus aperfeiçoa, completa. Por isso, é necessário passar por ele.

Pedro, ousado como sempre, tomou a palavra e, mais uma vez, disse coisas reprováveis, apesar das boas intenções: «Então Pedro, tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”» (v. 5). Três elementos são reprováveis na fala de Pedro: a primeira, é a nova tentação sugerida a Jesus através do comodismo; permanecer na montanha é ignorar o mundo real com seus problemas e contradições, é mostrar-se indiferente às situações desafiadoras e fechar os olhos às injustiças que assolam o mundo. Mais uma vez, Pedro procura uma maneira de tirar a cruz do caminho de Jesus; na primeira vez, foi Jesus quem o repreendeu, agora será o próprio Pai, ao interrompê-lo. O segundo elemento reprovável na fala de Pedro é o seu apego à tradição e o não reconhecimento de Jesus como o centro da vida: «uma para ti, uma para Moisés, e outra para Elias». Jesus ainda não ocupava o centro da vida de Pedro, mas sim Moisés. Para a tradição hebraica, o personagem mais importante é aquele que é citado em posição central; Pedro insiste com a antiga tradição: está seguindo Jesus, mas ainda coloca Moisés e a Lei no centro da vida; resiste em aceitar Jesus e o seu evangelho como centro. O terceiro elemento reprovável na fala de Pedro é o não reconhecimento de Jesus como a verdadeira tenda. Ora, no Antigo Testamento, sobretudo no contexto do êxodo, a tenda (em grego: σκηνή – skenê) era o lugar do encontro com Deus, o que agora é a pessoa de Jesus. A ideia de fazer tendas revela incompreensão e não aceitação de Jesus como o pleno revelador e lugar do encontro com Deus.

A falta de sentido nas palavras de Pedro tem uma explicação, como mostra o texto: «Pedro não sabia o que dizer, pois todos estavam com muito medo» (v. 6). O medo é o grande obstáculo para a comunidade, sobretudo, o medo do que é novo e inesperado. O medo gera incompreensão e insegurança. A comunidade marcada pelo medo não sabe o que diz, diz o que não sabe, enfim, diz coisas erradas. O medo bloqueia a sobriedade do anúncio. Onde o medo reside, o anúncio sai distorcido. As palavras de Pedro são tão absurdas que o próprio Deus o interrompe: «Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu filho amado. Escutai o que ele diz”» (v. 7). Ora, diante da incompreensão de Pedro, o Pai se manifesta, chamando a sua atenção. A nuvem é sinal da manifestação e da presença de Deus, desde o Antigo Testamento, sendo um elemento marcante na maioria das teofanias bíblicas (Ex 24,16). As palavras que saem da nuvem são praticamente as mesmas do episódio do batismo (Mc 1,11), à exceção do imperativo da escuta: «Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz». Outra diferença é que, no batismo, a voz foi dirigida a Jesus, enquanto aqui na transfiguração é dirigida aos discípulos. Para compreender a importância dessas palavras devemos recordar o contexto, como fizemos na introdução. O grupo dos discípulos vivia um momento de crise exatamente porque eles estavam com dificuldade de ouvir o que Jesus dizia, como o anúncio da paixão. Na Bíblia, a escuta significa adesão e seguimento. E os discípulos estavam com dificuldade de seguir e aderir plenamente a Jesus, pois sonhavam com o messias poderoso e guerreiro enquanto Jesus se revelava o messias pobre sofredor. O imperativo “escutai-o” é dirigido a todos os discípulos, principalmente a Pedro, ainda propenso a escutar mais a Moisés do que a Jesus. Escutar Jesus é um imperativo para a comunidade cristã. Quem não o escuta, não pode segui-lo nem testemunhar.

Moisés e Elias, ou seja, a Lei e os profetas, já disseram o que tinham a dizer, deram o que tinham de dar. De agora em diante, só o Evangelho deve falar à comunidade cristã. Ouvir Jesus é compreender sua Palavra e viver as consequências de uma adesão radical a ela, o que Pedro e seus companheiros tentavam constantemente evitar, por medo da cruz. Por isso, o próprio Deus, o Pai, precisou intervir. Os discípulos pareciam insistir ouvindo mais a Moisés e Elias do que a Jesus. Continuavam apegados às tradições e preceitos, fechados à novidade de Jesus. E a voz do Pai vem corroborar o programa de Jesus. Vem confirmar que o seu modo de anunciar e construir o Reino, com palavras e gestos de libertação, é confirmação da sua fidelidade. Isso não diminui o valor de Moisés e nem de Elias, mas eles cumpriram a missão que lhes fora confiada no momento oportuno. É claro que seus exemplos continuam importantes, bem como de todos os profetas. Mas Jesus é o critério e o parâmetro para a comunidade cristã. Tudo o que a comunidade vive e anuncia deve estar alinhado ao seu Evangelho. Por isso, «E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles» (v. 8). Ora, Moisés e Elias foram embora, pois cumpriram as suas respectivas missões; a comunidade cristã já não precisa mais deles, mas somente de Jesus. Já não sai mais nenhuma voz de Deus pela nuvem, porque quem vê Jesus, vê o Pai (Jo 14,9) e, portanto, quem o escuta, escuta também ao Pai! A comunidade precisa sempre olhar em volta de si mesma e perceber que seu único referencial é Jesus Cristo com seu Evangelho.

Não vendo mais ninguém como referencial além de Jesus, a comunidade renovada é convidada a descer da montanha e novamente encarar a realidade, continuar o caminho com seus percalços e desafios até enfrentar o maior deles: a cruz! A ideia do comodismo não combina com a comunidade cristã, como soou absurda para Deus a sugestão das tendas por Pedro. Jesus pede que não contem nada a ninguém daquilo que experimentaram (v. 9), por respeito aos propósitos do Pai, pois deveriam esperar a Ressurreição, e porque se a notícia daquela experiência se espalhasse, novamente grandes multidões emotivas e curiosas se aproximariam dele em busca de sinais e milagres, quando na verdade o verdadeiro sinal estava se aproximando: a cruz e a ressurreição. A ressurreição não pode ser compreendida sem antes ser experimentada e celebrada. De fato, compreender o significado de “ressuscitar dos mortos” para quem tem dificuldade de conviver com a morte e a dor é um grande desafio. De todo modo, mesmo ainda marcados pela incompreensão, é salutar a discussão sobre a ressurreição: «comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”» (v. 10). O grande debate das comunidades primitivas era sobre o significado da ressurreição e as implicações concretas que a fé nela representava na vida cotidiana. Aqui está um direcionamento para as comunidades cristãs de todos os tempos: as discussões e reflexões só são válidas quanto são voltadas para a vida, e a vida em plenitude, cujo expressão máxima é a ressurreição. É a fé na ressurreição que faz os cristãos e cristãs sonharem com um mundo novo e, por conseguinte, lutarem para construí-lo.

Que a liturgia deste segundo domingo da Quaresma ajude a nos conscientizar mais sobre o que é essencial na vida de discípulos e discípulas de Jesus, tornando nossas comunidades sempre mais parecidas com o Reino de Deus, sendo espaços de humanização e fraternidade. Que o percurso da Quaresma favoreça uma escuta sempre mais atenta e profunda ao tudo o que Jesus tem a falar. Somente escutando bem poderemos tornar o mundo mais humanizado e mais parecido com o seu projeto.

Pe. Francisco Cornelio F. Rodrigues – Diocese de Mossoró-RN

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